19 março 2018

Resenha - O menino que acreditava em milagres

Autor: John O' Leary
Páginas: 206
Editora: Universo dos livros



SINOPSE: Um relato de triunfo sobre a tragédia,  essa história traz reflexões inspiradoras a respeito das escolhas que fazemos na vida e das lições que podemos aprender com elas. Quando John O' Leary tinha nove anos, quase morreu em um devastador incêndio em sua casa. Com queimaduras em cem por cento do corpo, ele reuniu uma quantidade inimaginável de força interior apenas para sobreviver a essa fase difícil.
Neste livro, John relata sua história e nos ajuda a encarar os aspectos corriqueiros de nossa vida de um modo extraordinário. Com uma trajetória que é uma verdadeira progressão de milagres, ele nos faz rir, chorar, e repensar todo o propósito de nossas vidas. Empoderador, emocionante, Absolutamente honesto e gentil, a força e o incrível espírito de O' Leary transbordam e brilham em todas as páginas deste livro.





Para superarmos as adversidades precisamos antes de mais nada acreditar... em nós, em Deus, em milagres, no Cosmos, na força interior... enfim, precisamos acreditar em algo. E John O' Leary acreditava em milagres. Ele acreditava em Deus.

Em uma manhã como outra qualquer o menino John, de apenas nove anos decide brincar com fogo. Literalmente! Mas o que era para ser somente uma brincadeira para ele acaba por tomar proporções avassaladoras e se transforma em uma enorme tragédia quando ele tem cem por cento do corpo tomado por queimaduras.

Extremamente curioso como todas as crianças de sua idade, John não tem noção do quão perigoso é brincar com fogo, e após ver alguns meninos fazendo exatamente isso sem nenhuma dificuldade, ele está determinado a fazer o mesmo.


"Então, naquela manhã, como meus pais não estavam em casa, fui até a garagem. Coloquei fogo em um pequeno pedaço de papelão no fogão, fui até o galão de vinte litros de gasolina e virei-o para derrubar um pouco sobre o pedaço de papel."

A partir desse momento o inimaginável acontece e o terror se instala quando John tem seu corpo tomado pelas chamas ardentes. Desesperado e sentindo muita dor, John corre em busca de ajuda, gritando de dor e agonia. Ele é socorrido por seus irmãos, que fazem o que podem para ajudá-lo a se livrar do fogo, porém seu corpo está totalmente queimado e em carne viva.

Após ser socorrido e levado para o hospital, John percebe a grande agitação dos enfermeiros e a correria à sua volta. Ele está assustado, com muita dor e seu estado é bastante grave, embora os enfermeiros insistam em dizer-lhe que está tudo bem.


"Olhei para as minhas mãos, mas não pareciam as minhas mãos. Olhei para os restos do abrigo verde e para o tênis que usava, e eles tinham se tornado uma única coisa com meus braços e minhas pernas.
  A dor era intensa.
  O incêndio daquela manhã havia modificado tudo."


A vida de John está em perigo, e os médicos desacreditam seus pais de que ele vá sobreviver. As queimaduras são gravíssimas e estão por todo seu corpo. John não faz a menor ideia da gravidade de sua situação, ele está apavorado com tudo o que está acontecendo e sente-se tremendamente só. Mas então ele ouve a voz de sua mãe e acredita que ela fará com que tudo melhore, porque é isso o que ela sempre faz.


 "Olho para a minha mãe. Lágrimas que eu nem percebia estar segurando começaram a escorrer pelo meu rosto.
 - Mãe - eu disse, com a voz trêmula -, eu vou morrer?
   Minha mãe, gentilmente apertou a minha mão entre as suas.
   Olhou dentro dos meus olhos.
   Organizou seus pensamentos e disse;
 - Você quer morrer, John? A escolha é sua, não minha.''

Depois de ouvir essas palavras tão fortes e impactantes para um menino de nove anos, John começa uma árdua luta contra a morte e todas as complicações advindas de seu estado atual. E percebe que precisa tirar de dentro de si a força e fé necessárias para vencer um dia de cada vez e a cada um dos obstáculos que vão surgindo, dificultando ainda mais suas chances de recuperação.

John está cercado de médicos muito competentes e tem o amor, carinho e compreensão de sua família, mas o que ele não faz a menor ideia é de que sua história está mobilizando milhares de pessoas em todo lugar. E através da solidariedade, palavras de carinho, incentivo, fé e estímulo, John descobre dentro de si algo muito maior e mais poderoso do que podeira imaginar. John descobre que acredita em milagres.

Devo dizer que o título desse livro me atraiu logo de cara, e por conta disso decidi que o leria.

A medida que fui me aprofundando na história, que por sinal é um relato real da tragédia que se abateu sobre a vida de John O' Leary ainda criança me vi completamente envolvida por seu drama e fiquei extremamente sensibilizada por tudo que lhe aconteceu. Mas também nasceu em mim um grande sentimento de admiração por toda sua coragem em meio a dor e sofrimento, pois mesmo sendo ainda tão pequeno  John demonstrou uma força e coragem inimagináveis para  um ser humano tão vulnerável e indefeso.

O relacionamento dele com seus pais, mas especialmente com a mãe, me arrancou muitas lágrimas e em todo o livro me emocionei muitíssimo por ser testemunha da sua grande lição de vida e fé. Assim como John eu também acredito em milagres e também acredito em Deus.

Ler O Menino que Acreditava em Milagres proporcionou fortalecer em mim a fé que me move e me impulsiona a seguir adiante, mesmo em meio às dificuldades. Me ensinou que eu sou mais forte e capaz do que imagino, e que não posso me abater e nem me entregar ao desespero. Eu sei que é fácil falar, mas eu acredito piamente que dentro de nós reside uma crença, fé e coragem da qual não fazemos ideia e que aflora nos momentos em que somos confrontados com situações que não podemos controlar e muito menos impedir.

Se dentro de você reside essa crença, força e coragem ouso dizer que, assim como John, você também acredita em milagres.



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Espero que tenham gostado e até a próxima!

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