14 abril 2015

Lá Vem Resenha: Reboot


Reboot

Autor(a): Amy Tintera

Páginas: 352

Editora: Galera Record

Classificação: 3/5

Sinopse: Reboot - Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos Reboots de número mais alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade dos reinicializados começa a mudar. 

Hey amores e amoras! Essa é a última resenha atrasada aqui do blog e me encontro na mais ampla felicidade por estar enfim colocando as coisas em dia. Esses dias não pude ler nenhum um único livro TORTURAAAAA!!!! só pra não ter mais resenhas atrasadas! A lista era imensa!! Mas, agora estou com a lista de leitura mais do que atrasada... De qualquer forma, estou feliz!

Sabe aquele livro que tem a capa toda misteriosa, te enche de vontade de ler, e com  a sinopse você tem vontade de arrancar os cabelos? Pois é, não criem tanta expectativa quanto eu. Quase sempre acaba mal! Não sei exatamente o que aconteceu com março, mas as leituras desse mês foram todas assim! Decepção atrás de decepção! Eu esperava uma coisa, e era outra... Não foi nada bom!

Foi o que aconteceu com Reboot. Eu comecei a leitura toda feliz. E até a página setenta e um pouquinho eu fui mega feliz com a leitura. Mas a partir da página cem, o foco se perdeu e a história começou a ficar estranha.

O mundo construído dentro dessa história é muito bem descrito, detalhado e bem estruturado. A gente se sente parte dos lugares por onde a personagem passa. Isso é incrível! Mas o que me desapontou foi a personagem forte e potencialmente heroica, de repente se transformar em alguém cheio de medo e dúvidas. Odeio isso!!

A história é contada por Wren. A reboot mais forte, mais perigosa, e mais mortal de todas! Ela é mais conhecida como 178, a reboot que esteve morta por mais tempo. O número representa o tempo em que a pessoa, quer dizer, o reboot esteve morto. E todos os que acordam da morte recebem o número tatuado no pulso. Quanto menor o número, maior o grau de humanidade no reboot. No caso de Wren, não restou quase nenhuma.


" Quanto menos tempo se ficasse
morto antes de voltar como um Reboot, mais humanidade ficava retida."

Na verdade, era para ela não ter nenhuma característica humana no lado emocional. Ela nem consegue chorar! Mais as coisas vão mudando abruptamente após ela conhecer Callum. O novato de número 22 que ela resolve treinar, por compaixão. Como é que alguém que não tem sentimentos faz algo por compaixão? 


" Ele balançou a cabeça em direção à porta, enxugando as mãos nas calças como se pudesse lavar a morte.
Não podia. Eu tentei."

Ela quer provar, que se os números menores tiverem um bom treinador, eles podem ser tão bons quanto os de números mais altos. E também está tentando salvar o novato, já que a treinadora dos números mais baixos, é conhecida por levá-los a morte. A única forma de matar um reboot é dando-lhe um tiro na cabeça.

O que me deixou chocada com essa história foi o modo abrupto, realmente abrupto, em que tudo muda. É rápido demais! E eu não consegui ver muita lógica, ou sentido no que acontece. Depois de conhecer Callum, que a conquista em apenas um único encontro, patético no refeitório, pelo seu sorriso aberto, e seu jeito totalmente irreverente de ser, ela começa a apresentar sentimentos. 


" Depois da morte, quando o
vírus tomava o controle e o corpo reinicializava, a pele clareava, o corpo tonificava, os olhos ficavam mais brilhantes. Era uma beleza com um toque de demência."

Quanto mais ela conhece seu aluno, os treinadores são formados pelos números mais altos dentro do C.R.A.H. a habitação dos reboots, mais ela descobre em si a humanidade a tanto perdida. Se é que ela teve alguma. Já que sua vida foi terrível. Sendo criada por pais viciados, não parava em lugar nenhum, e morava na favela. Até ser morta e acordar no necrotério 178 minutos depois. 


" Lá, eles me disseram que gritar significava morte. Agir como se eu ainda fosse uma criança humana significava morte. Desobedecer a ordens significava a morte. E então eu fiquei em silêncio."

Wren só tem lembranças ruins de sua vida humana. Vida que só durou doze anos. E da qual ela faz tudo para esquecer. Com Callum ela começa a recordar sua infância dolorosa, e o valor que a vida tem. Criada, alimentada e vestida pelo C.R.A.H desde os treze, ela não se importa em matar. O que quer que seja, ou por qualquer motivo, ela faz o que tem de fazer sem nunca questionar ou falhar. Mas Callum não é assim. Nem que ser. O que acarreta uma série de problemas, que só a reboot mais forte pode resolver.


" Uma cópia maligna do que costumávamos ser,
diziam os humanos. Muitos preferiam morrer completamente a ser um dos “sortudos” que
reinicializavam." 

Nessa parte, eu comecei a rezar. Sério gente, só queria que o livro acabasse logo! As cenas de ação são ótimas, e o jeito dela é maravilhoso. Mas quando ela começa a se interessar pelo Callum... Não gostei dos dois juntos, não gostei dele, não gostei da mudança repentina dela e nem do rumo que a história toma.


" Não tinha uma opinião formada sobre a união de humanos e Reboots. Ficava mais difícil odiá-los quando eles começavam a introduzir bom senso na equação." 

Wren é forte, decidida, sabe seu lugar e o que quer. É muito respeitada por seus colegas, e todos tem medo dela. Ela nunca falha! E de repente ela não sabe mais o que fazer. Callum, não quer cumprir as ordens da C.R.AH e a culpa recai nela, já que ela é treinadora dele e deveria fazê-lo entender o lugar dele.

Para que Callum não acabe morto, essa parte é realmente assustadora de tão rápido que tudo acontece. De uma hora para outra ela se apaixonou perdidamente, não pode perder Callum, e precisa salvá-lo. Ela consegue fugir, com a ajuda de um oficial amigo dela, que ajuda na fuga de reboots para uma reserva só de reboots.

A reinicialização das pessoas depois da morte, se devia a uma reação diferente a um vírus que se alastrou. Mesmo que a pessoa não tivesse morrido da doença, se tivesse adquirido o vírus, depois de morto a pessoa reinicializava. Se transformando em um reboot. Mas isso só acontece com os jovens. Se algum adulto é reinicializado, é morto imediatamente.


" Talvez isso signifique que meu subconsciente é mau."

Após a volta das pessoas da morte, os reboots foram chamados de o milagre. Mas quando os humanos perceberam que eles não tinham as mesmas características de antes, os chamaram de monstros. Após exilarem os reboots, começaram as execuções, e a guerra dos humanos contra os reboots. Que em menos quantidade, perderam.

Desde então os reboots são escravos do governo. São soldados que fazem o trabalhos sujo para o governo. Caçam pessoas, matam e fazem tudo muito melhor do que qualquer pessoa comum faria. São máquinas de guerra. 


" — O que quer que eu faça com ele se você
não voltar?
— Eu vou voltar."

Wren nunca achou ruim viver no C.R.A.H. Ela recebe comida, água, roupas e uma vida decente. Embora nunca tenha se apaixonado, ou tido amigos, tem uma companheira de quarto Ever, que tenta incluí-la na sociedade reboot. E que se considera sua melhor amiga. Ever, é uma personagem legal. Mas foi muito mal desenvolvida, e sinceramente ainda não vi sua função real na história.


" Depois que o choque passou e eu concluí o treinamento, percebi que estava muito melhor como Reboot do que jamais estivera como humana."

Outra coisa padrão é a matança, que tem que haver em toda boa distopia. Isso não foge ao padrão. O C.R.A.H está desenvolvendo drogas para deixar os menos 60, que são os reboots que passaram de sessenta minutos para baixo, mortos, mais fortes e menos humanos. Mas a droga está os tornando monstros canibais! E isso é realmente assustador! Eles começam a ficar loucos por carne e comer quem estiver por perto! Chegam a arrancar pedaços de outras pessoas!!! Eu fiquei apavorada!!! rsrs.

Bom, para fugir Wren precisou ajudar a resgatar a filha reboot do agente que a ajudou a fugir. E depois disso, começa a saga para chegarem ao tal abrigo reboot. Gente, que coisa mais maluca e desnecessária! Não gostei do modo como a autora conduziu a história, nem de como ela foi pulando etapas... Faltou algo. 

Callum, acabou pegando a doença desenvolvida pelo governo para tornar os menos 60 mais fortes. Mas a doença não tem cura e leva a morte. Então, só fugir, não era mais o suficiente. E mais uma vez, lá vai Wren tentar salvar Callum pela milionésima vez no livro. Não vou contar o que acontece, mas o fim me decepcionou mais ainda. A questão, é que termina de uma forma intrigante. E deixa a gente com vontade de ler o segundo! 

Ainda não sei se tenho coragem de continuar com a trilogia, mas vou tentar. O que irrita é a mudança da Wren e o desenvolvimento repentino de sua paixão avassaladora, que a faz desistir dela pelo Callum.  Além da fraqueza dele, que é muito irritante! Gente,ele é muito fraco e medroso! Não sei como ele vai fazer pra sobreviver agora que o governo está atrás deles. Se não for a Wren ficar vinte e quatro horas de olho nele... Não sei não! kk

Mas enfim, o livro tem um mundo distópico incrível, rico em detalhes e muito bem construídos. E embora tenha me decepcionado com o modo em que a história foi conduzida e com os personagens, pelos quais não consegui me apegar, a história tem um enorme potencial. E espero sinceramente que a autora me faça morder a língua, e fazer a próxima resenha só de elogios com o segundo livro.

É isso aí amores. Espero que tenham gostado e que não deixem de dizer o que acharam!

Vejo vocês em breve! Bjokas.

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